Leandro2022-04-06T11:42:55-03:00
Na Grande São Paulo, os espaços adequados para treinos de ciclismo de estrada – individuais ou para pelotões – foram bastante reduzidos nos últimos anos.
Entretanto, a pandemia de Sars-Cov-2 impulsionou o uso de bicicletas em todo o mundo, seja como meio de transporte, lazer ou prática esportiva. O ciclismo de estrada foi uma das atividades que mais cresceram neste período o que levou a criar uma forte pressão sobre os poucos espaços que ainda restam para a prática na Grande São Paulo.
A Aliança Bike e seus parceiros realizaram uma pesquisa inédita para trazer mais informações sobre os desafios que o ciclista encontra nesta modalidade na cidade de São Paulo.
Foram consultados um total de 3107 ciclistas sendo que, desses, 2650 responderam o questionário até o final.
Os principais objetivos desta pesquisa são:
- Identificar demandas por novos locais de treino na Grande SP;
- Apontar problemas que ciclistas enfrentam durante os treinos;
- Mapear os locais mais utilizados para a prática desta modalidade na Grande SP;
- Identificar elementos de qualidade e diferenciação positiva para a estruturação de novas áreas para treino.
Metodologia
A pesquisa foi realizada através da plataforma “Survey Monky”, com divulgação endereçada à comunidade de ciclistas de treino.
O público-alvo específico da pesquisa foi mapeado para auxiliar no melhor aproveitamento do método de disseminação da pesquisa.
Os grupos prioritários definidos foram:
Ciclistas de treino moradores da Grande São Paulo;
Ciclistas que treinam com assessorias esportivas;
Ciclistas que treinam em espaços consolidados, como a ciclovia do Rio Pinheiros;
Ciclistas com vínculo junto às federações de ciclismo e de triathlon;
Ciclistas praticantes do ciclismo de que tenham vínculo com lojas de bicicletas e marcas de bicicletas speed.
Perfil e caracterização de ciclistas e dos treinos
Gênero
81,7% de autodeclarados homens;
17,85% de autodeclaradas mulheres;
0,45% preferiram não responder
Raça e Cor
Diferentemente do observado em pesquisas de perfil de ciclistas que usam a bicicletas como meio de transporte, a presença de pessoas autodeclaradas brancas é preponderante no ciclismo de estrada, representando 78% entre todos os respondentes. Negros (pretos e pardos) representam 15,15% e amarelos (ou asiáticos) alcançam 3,4%.
Faixa Etária
A média de idade dos ciclistas foi de 42 anos.
Até 19 anos: 0,77%
20 a 24 anos: 2,22%
25 a 29 anos: 5,89%
30 a 34 anos: 12,27%
35 a 39 anos: 18,44%
40 a 44 anos: 23,00%
45 a 49 anos: 16,99%
50 a 54 anos: 10,29%
55 a 59 anos: 6,42%
60 a 64 anos: 2,46%
65 a 69 anos: 0,93%
70 a 74 anos: 0,24%
80 a 84 anos: 0,0%
85 a 89 anos: 0,04%
Como ciclistas treinam
Enquanto 62,3% dos homens têm costume de treinar sozinhos, entre as mulheres este índice é de 40%, uma diferença de 22 pontos percentuais.
Com um grupo de amigos(as): 49,58%
Com uma assessoria esportiva profissional: 34,33%
Sozinho(a): 58,54%
Com uma equipe de clube esportivo: 3,69%
Com uma equipe de treino: 8,75%
Outro: 4,22%
As dificuldades para realizar os treinos de ciclismo de estrada na Grande São Paulo
Conclusão
Os resultados da pesquisa da Aliança Bike podem ser encontrados na íntegra aqui.
Através dela, podemos concluir que existe uma necessidade de políticas públicas para atender a demanda crescente de ciclistas de estrada. Há pouca oferta de espaço e pouquíssima segurança para os praticantes da modalidade.
Entretanto, com um maior número de praticantes, é possível esperar que exista uma maior pressão para que o poder público tome providencia para ampliar a oferta por espaço e melhorar as condições de segurança na Grande São Paulo.
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