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Ciclismo de Estrada na Grande São Paulo

mobilidade urbana em SP
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Na Grande São Paulo, os espaços adequados para treinos de ciclismo de estrada – individuais ou para pelotões – foram bastante reduzidos nos últimos anos.

Entretanto, a pandemia de Sars-Cov-2 impulsionou o uso de bicicletas em todo o mundo, seja como meio de transporte, lazer ou prática esportiva. O ciclismo de estrada foi uma das atividades que mais cresceram neste período o que levou a criar uma forte pressão sobre os poucos espaços que ainda restam para a prática na Grande São Paulo.

A Aliança Bike e seus parceiros realizaram uma pesquisa inédita para trazer mais informações sobre os desafios que o ciclista encontra nesta modalidade na cidade de São Paulo.

Foram consultados um total de 3107 ciclistas sendo que, desses, 2650 responderam o questionário até o final.

Os principais objetivos desta pesquisa são:

  • Identificar demandas por novos locais de treino na Grande SP;
  • Apontar problemas que ciclistas enfrentam durante os treinos;
  • Mapear os locais mais utilizados para a prática desta modalidade na Grande SP;
  • Identificar elementos de qualidade e diferenciação positiva para a estruturação de novas áreas para treino.

Metodologia

A pesquisa foi realizada através da plataforma “Survey Monky”, com divulgação endereçada à comunidade de ciclistas de treino.
O público-alvo específico da pesquisa foi mapeado para auxiliar no melhor aproveitamento do método de disseminação da pesquisa.

Os grupos prioritários definidos foram:


Ciclistas de treino moradores da Grande São Paulo;
Ciclistas que treinam com assessorias esportivas;
Ciclistas que treinam em espaços consolidados, como a ciclovia do Rio Pinheiros;
Ciclistas com vínculo junto às federações de ciclismo e de triathlon;
Ciclistas praticantes do ciclismo de que tenham vínculo com lojas de bicicletas e marcas de bicicletas speed.

Perfil e caracterização de ciclistas e dos treinos

Gênero

81,7% de autodeclarados homens;

17,85% de autodeclaradas mulheres;

0,45% preferiram não responder

Raça e Cor

Diferentemente do observado em pesquisas de perfil de ciclistas que usam a bicicletas como meio de transporte, a presença de pessoas autodeclaradas brancas é preponderante no ciclismo de estrada, representando 78% entre todos os respondentes. Negros (pretos e pardos) representam 15,15% e amarelos (ou asiáticos) alcançam 3,4%.

Faixa Etária

A média de idade dos ciclistas foi de 42 anos.

Até 19 anos: 0,77%
20 a 24 anos: 2,22%
25 a 29 anos: 5,89%
30 a 34 anos: 12,27%
35 a 39 anos: 18,44%
40 a 44 anos: 23,00%
45 a 49 anos: 16,99%
50 a 54 anos: 10,29%
55 a 59 anos: 6,42%
60 a 64 anos: 2,46%
65 a 69 anos: 0,93%
70 a 74 anos: 0,24%
80 a 84 anos: 0,0%
85 a 89 anos: 0,04%

Como ciclistas treinam

Enquanto 62,3% dos homens têm costume de treinar sozinhos, entre as mulheres este índice é de 40%, uma diferença de 22 pontos percentuais.
Com um grupo de amigos(as): 49,58%
Com uma assessoria esportiva profissional: 34,33%
Sozinho(a): 58,54%
Com uma equipe de clube esportivo: 3,69%
Com uma equipe de treino: 8,75%
Outro: 4,22%

As dificuldades para realizar os treinos de ciclismo de estrada na Grande São Paulo

Dentre as principais dificuldades para realizar treinos na Grande São Paulo, a ausência de mais locais é a principal dificuldade apontada por mais de 60% dos ciclistas. A falta de segurança pública (56,2%) e o desrespeito de motoristas (55,8%) vêm logo na sequência. Ausência de mais locais para treino: 60,24% Falta de segurança pública (assaltos) nos locais de treino: 56,20% Desrespeito de motoristas: 55,79% Qualidade do piso e do asfalto dos locais de treino: 35,28% Horários dos locais de treino são muito restritos: 22,07% Compartilhar o espaço com outros ciclistas: 19,07% Extensão muito curta (em km) dos locais de treino:10,92% Desrespeito de outros ciclistas: 9,00% Muitas interrupções ao longo do percurso: 6,52% Questões climáticas (sol, chuva, vento, etc): 3,07% Não sei responder: 0,96%

Conclusão

Os resultados da pesquisa da Aliança Bike podem ser encontrados na íntegra aqui.
Através dela, podemos concluir que existe uma necessidade de políticas públicas para atender a demanda crescente de ciclistas de estrada. Há pouca oferta de espaço e pouquíssima segurança para os praticantes da modalidade.

Entretanto, com um maior número de praticantes, é possível esperar que exista uma maior pressão para que o poder público tome providencia para ampliar a oferta por espaço e melhorar as condições de segurança na Grande São Paulo.

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